REFLEXÃO - A FELICIDADE E SUA DESAMBIGUAÇÃO

23/11/2012 20:45

REFLEXÃO - A FELICIDADE E SUA DESAMBIGUAÇÃO

 

Ao perguntar a um grupo de pessoas com personalidades e gostos distintos, o que as faziam felizes as respostas foram as mais diversas possíveis: “Fico feliz com a gente aqui reunidos.” “Musica me deixa muito feliz, mostre-me um piano que eu fico radiante.” “Jujubas azuis.” “Eu gosto de halls e minha guitarra.” “Frango frito.”

 

Foi perguntado a estas mesmas pessoas qual era a definição da felicidade em rápidas palavras, e novamente foram obtidas respostas peculiares e diversificadas: “Felicidade é se sentir bem com algo.” “Felicidade é um estado, nunca será um destino... será sempre uma viagem.” “Felicidade é uma gama de emoções e sentimentos.” “Felicidade pra mim é um momento.” “Acho que todo mundo sabe o que é ou onde encontrar, mas nunca vão atrás ou colocam em prática...”

 

Ficaram nítidas as diferentes maneiras de se caracterizar a felicidade, sendo esta verdade válida a todos os sentimentos. Desta forma pode-se atribuir como característica intrínseca destes a desambiguação, que nada mais é do o termo utilizado em linguística que se referir ao processo de explicação à mensagem que possui mais de um sentido.

 

Este artigo não tem o intento de informar, instruir. Antes de mais nada, deixo claro a necessidade em aprender a refletir pois assim e só assim, poderemos ser pessoas com maior discernimento e capacidade de lidar com as situações que nos forem apresentadas. O maior exemplo disso é a necessidade do ser humano em definir as coisas.

 

Quem nunca se perguntou o que é a felicidade? Quem nunca foi indagado a respeito do que é o amor? Quem nunca se fez estas perguntas?

Todavia mais peculiar do que se fazer estas perguntas é a seguinte: Por que não conseguimos definir um sentimento quando não o estamos sentindo?

 

Claro que conseguimos descreve-lo de modo totalmente conceitual, porém com a presente sensação de incerteza quanto à veracidade das palavras.

Muitos já pensaram e com toda a certeza já declamaram, em seus piores momentos, as seguintes sentenças: ‘Eu já não sei o que é a felicidade.’ ‘Eu nunca fui feliz de verdade.’ Ou então: ‘Eu não sei o que é o amor.’

 

Isso vem a embasar e confirmar que os sentimentos são únicos para cada um que o sente e que definí-los é possível, porém a ‘minha verdade’ não é válida para o outro, uma vez que, os sentimentos dependem de quem o sente, do ‘estado de espírito’. Cada qual sente de um jeito, de uma forma, depende das influencias do meio, dos conflitos e situações, depende do embase conceitual.

 

Dentre as inúmeras definições possíveis, abaixo há as de filósofos e pessoas ilustres que deixaram sua marca em nossa sociedade, tenha sido na antiguidade ou mesmo em um passado mais próximos.

 

De modo geral a definição de felicidade é que ela é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico.

 

Para Zoroastro, místico do século VII a.C. na região dos atuais Irã e Afeganistão, que criou o zoroastrismo, religião que se baseava numa luta permanente entre o bem e o mal. O bem incluiria tudo inclusive a felicidade, e que caberia ao homem fazer o bem vencer tendo uma conduta individual correta.

 

Na China, LaoTsé defendeu que a felicidade podia ser atingida tendo, comomodelo de nossas ações, a natureza. Confúcio enfatizou o disciplinamento das relações sociais como elemento fundamental para se atingir a felicidade.

Segundo o budismo, a suprema felicidade só é obtida pela superação do desejo em todas as suas formas.

 

Dalai lama Tenzin Gyatso, dizia que a felicidade é uma questão primordialmente mental, da qual devemos extinguir os fatores que nos causam a infelicidade e estimularos que nos a trazem.

 

Para Aristóteles, que viveu no século IV a.C., a felicidade estaria no equilíbrio, na harmonia.

 

Jesus Cristo defendeu o amor como o elemento fundamental para se atingir a harmonia em todos os níveis, inclusive no nível da felicidade individual.

Jean-Jacques Rousseau defendeu que o ser humano era, originalmente, feliz, mas que o advento da civilização havia destruído esse estado original de harmonia. Para se recuperar a felicidade original, a educação do ser humano deveria objetivar o retorno deste à sua simplicidade original.

Karl Marx defendeu o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes, como elemento fundamental para se atingir a felicidade humana.

Sigmund Freud defendia que todo ser humano é movido pela busca da felicidade, através do que ele denominou princípio do prazer. Porém essa busca seria fadada ao fracasso, devido à impossibilidade de o mundo real satisfazer a todos os nossos desejos. A isto, deu o nome de "princípio da realidade". Segundo Freud, o máximo a que poderíamos aspirar seria uma felicidade parcial.

 

A felicidade como foi definida acima pode ser resumida em varias palavras e expressões: harmonia, estado de espirito, educação, simplicidade, caridade, tranquilidade entre outras mais, mas o que irá valer para cada um não é o que já esta escrito,pois cada qual deverá buscar a melhor definição para si, aquela que é de fato a representação da sua felicidade.

 

Desta forma encerro frisando a importância da reflexão,principalmente com relação aos sentimentos, uma vez queestes são individuaispor isso suas definições são desambiguas, mas todas verdadeiras, pois cada um tem sua verdade.

 

Em suma a principal mensagem deste artigo éa Reflexão. Pois ela deverá ser utilizada ao longo da nossa existência, pois o conhecimento em si, pode ser um dia esquecido, deixado de lado, mas ao pararmos para pensar nele, acabamos por incluí-lo em nosso cotidiano, em nossa vida. Assimilando-o, fazemos dele algo que nos será útil e assim ele, o conhecimento, se tornará ação, impulsionando-os ao futuro e de preferencia em busca da sonhada FELICIDADE.

 

Artigo apresentado por:

 

Aya Heschel

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